A Avenida José de Sousa Campos, mais conhecida como Norte-Sul, além de ser uma das mais lindas da cidade é também o metro quadrado mais caro de Campinas. Mas nem sempre foi assim, principalmente nos dias de chuva. Bastava cair uma chuva mais forte e ela ficava totalmente alagada, como vocês podem ver nessas fotos que fiz em 1991, mais precisamente no dia 05 de fevereiro. Na época, eu trabalhava no extinto Jornal Diário do Povo. Quando chovia forte íamos direto pra lá, era certeza de "boas fotos". Foram muitos os pares de sapato que perdi durante as enchentes que aconteciam por ali. E sempre era a mesma coisa. Eu jurava por Deus que nunca mais caminharia na Avenida durante os temporais, mas nunca cumpria o prometido. Ia entrando devagarinho, um passo mais à frente e quando me dava conta estava com água até os joelhos. Chegava até a ser irresponsável é uma coisa muito perigosa caminhar por ruas e avenidas alagadas, uma boca de lobo aberta e tchau. Sem dizer nos perigos de uma Leptospirose. Mas sempre fui um cara abençoado e protegido por Deus e sempre agradeço por isso. O trecho mais crítico era do Estádio do Guarani e ia até a D.Paschoal, que aliás acho que é a único comércio que permanece até hoje no mesmo local, junto com o posto Texaco. Como foram construídos um pouco mais alto que os outros comércios, ali era o meu porto seguro. Existia uma "pinguela" bem em frente ao posto Texaco para pedestres poderem atravessar a avenida. O tempo passou e rápido, menos para os comerciantes do local. Os acessos para a avenida foram interditados para a realização de obras que duraram alguns meses. Na época, todos diziam que depois da reforma ela seria a Avenida Paulista de Campinas e isso já é quase uma realidade.
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