Da Caixa.
Infelizmente tenho poucas lembranças desse dia. A única certeza é que era um domingo de muita chuva e estávamos indo para mais uma pauta. Também não me lembro quem era o repórter e nem do motorista. A redação do Diário do Povo ficava bem no centro de um triângulo demarcado pelo Royal Palm Plaza (na época Holliday Inn), Parque Oziel e Monte Cristo (na época apenas mato) e do Campinas Shopping (na época CPFL no Jardim do Lago). Ainda não tinha limites de velocidade na avenida Prestes Maia. Quando comecei a trabalhar em jornais existia uma competição entre os veículos de comunicação. Onde ganhar e perder fazia parte da história e é claro que ninguém gostava de perder. O Correio Popular era bem mais estruturado e o Diário era o primo pobre. Quando dávamos um "furo" no Correião, ele era muito comemorado pela equipe de reportagem. E para a coisa sair certinha era sempre um trio formado por repórter, fotógrafo e pelo motorista. E o motorista a maioria pé embaixo corriam mesmo tinha que ser bom, (ninja) sempre buscando caminhos alternativos para sair de grandes congestionamentos, quando chegar primeiro fazia a diferença e para sair de confusões contra a equipe de reportagem que não eram poucas. Nesse domingo descendo pela avenida e acelerando forte nos encontramos cara-a-cara com o famoso espelho d'água na pista, não capotamos, mas rodamos legal e fomos parar na calçada. Esse barranco onde parou o carro hoje é a concessionária Honda. Felizmente ninguém se machucou. O engraçado foi o que pensei na hora: porra sobrevivi comendo os salgados da "Zefa" e vou morrer num domingo chuvoso, não é justo. E não seria justo mesmo. A Zefa era a salvadora da pátria, da redação tinha uma banquinha onde servia lanches e salgados para os funcionários do jornal. Quem passou por lá vai concordar a especialidade da casa era o X miséria (pão com mortadela) e ninguém fazia um salgado mais engordurado que a Zefa, ninguém mesmo, era a marca registrada e patenteada dela. Desci do carro fiz as fotos para guardar de recordação (olha elas aí), pedimos outro veículo e seguimos nosso caminho. Bom dia pra você que "capota, mais não breca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário